No dia 9 de agosto de 2013, lá pras 8h da noite, eu sai de
casa rumo à melhor experiência da minha vida, ou rumo à vida que vim viver por
um ano, como muitos costumam dizer, nem lembro quantas vezes meus olhos
encheram d’água nesse dia, muito menos quantas vezes chorei mesmo, de quantos
amigos e pessoas importantes me despedi, apenas esperando que elas estivessem
lá quando eu voltar. Com algumas dessas pessoas nem falo mais, mas o que isso
quer dizer? Com outras falo quase todo dia, e umas que mesmo tendo falado 3 ou
4 vezes desde que estou aqui, tenho certeza que nada mudou nessas amizades!
Bom, por um lado essa é a graça do intercambio, a gente descobre quem é de
verdade, e às vezes quem as pessoas são de verdade, como já disse o poeta, “o
tempo prova quem é quem”. Não, pera! Talvez esteja equivocado, talvez seja
assim que funciona, e quando eu voltar, completamente mudado, tudo no Brasil
vai ter mudado também, mas aquela mudança positiva, manja? Quando eu voltar vai
ser tudo mil vezes melhor do que era antes de eu partir pro México, assim
espero, porque tenho pensado, deve ser muito decepcionante você mudar,
madurecer, ser praticamente outra pessoa, e tudo aí estar a mesma coisa. É como
dizem, intercambio é como entrar numa maquina do tempo: você entra sem saber o
que vai encontrar lá, e tem menos certeza ainda do que vai encontrar quando
voltar, isso quando volta! Porque são muitos os que se apaixonam durante o
intercambio, digo pelo pais, e querem viver lá para sempre, ou simplesmente
voltam porque não gostaram do que encontraram em casa quando voltaram. Não vou
dizer que isso não é uma opção, porque a lição #6969 do meu intercambio foi: a
única certeza da vida é a morte, uma vez que muitas coisas que eu tinha certeza
que nunca iam mudar, ou que nunca iam acontecer, caíram por terra.
P.S.: casa entre aspas porque agora tenho casa, um lugar
onde vou ser sempre bem-vindo, por todo o mundo!
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