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domingo, 29 de dezembro de 2013

E assim foi o Natal!

Nada muito diferente do Brasil... Como umas duas semanas antes sorteamos o Amigo Secreto (até minha host sis que está na Coreia do Sul e o cachorro entraram na brincadeira) que aqui é simplesmente “Troca de Presentes”, mas eu,  como um bom brasileiro, comprei o presente dia 24 à tarde! Da minha mãe, no amigo secreto, ganhei um urso de pelúcia, porque adoro ursos, especialmente os polares, mas esse é mexicano mesmo e tem 1m se não mais! Aí vem a pergunta: como vou fazer pra levar isso pro Brasil!?

 “Cozinhei” uma salada de maionese também, entre aspas porque quem cozinhou as coisas foi minha mãe, eu só piquei tudo em cubinhos e misturei com a maionese. O Curioso foi que decidi fazer isso porque aqui também é um  prato natalino (bem, natalino pra minha família brasileira, nunca vivi um natal sem essa salada), e eles chamam de “salada brasileña” que tecnicamente de brasileira não tem nada! É extremamente doce e estranha, coisas normais na culinária mexicana, leva crema que é um derivado de leite que parece iogurte, mas não tem gosto de nada e eles põem em tudo (e suponho que não tem no Brasil porque nunca vi), abacaxi em lata e mais coisas estranhas. Mas no final das contas ficou uma delicia! Todos adoraram e comeram até não poderem mais e disseram que se parece com o que eles chamam de “salada russa”. Tipo, faço a “salada brasileña” à brasileira e eles falam que é russa? Vai entender!

 Teve a tradicional ceia de Natal onde todos comem até não poderem mais, creio que isso é tradição universal, só parem de comer quando já estiverem a ponto de explodir!  (Regra não valida para sobremesas.) Depois fizemos os rituais natalinos mexicanos como romper pinhata que é como um balão de papel duro que o enchem de doce ou frutas (lógico que o meu foi com doces) e normalmente tem sete pontas, cada uma representando um pecado capital, e pedir “posada”.

Agora a parte estranha e diferente... Aqui não soltam fogos de artifício! Nem no Natal nem no Ano Novo! Cara, o que é um Ano Novo sem perder os primeiros quinze minutos do ano vendo os fogos??? #Chateado! E também não esperam dar 00:00 e saem abraçando todos desejando Feliz Natal. E também minha família brasileira. Meu primeiro Natal sem minha mãe, minha, irmã, sem ir à casa da minha vó para o almoço do dia 25, sem jogar o quase tradicional pingue-pongue com meus tios, truco com os primos e dominó com meu vô, mas okay, como dizia um amigo meu “eu sou jovem, eu supero!”.


PS.: O urso se chama Captan Morgan. Mexicanos entenderão! 





segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

“O tempo é rei...” – Quatro meses longe de “casa”...

No dia 9 de agosto de 2013, lá pras 8h da noite, eu sai de casa rumo à melhor experiência da minha vida, ou rumo à vida que vim viver por um ano, como muitos costumam dizer, nem lembro quantas vezes meus olhos encheram d’água nesse dia, muito menos quantas vezes chorei mesmo, de quantos amigos e pessoas importantes me despedi, apenas esperando que elas estivessem lá quando eu voltar. Com algumas dessas pessoas nem falo mais, mas o que isso quer dizer? Com outras falo quase todo dia, e umas que mesmo tendo falado 3 ou 4 vezes desde que estou aqui, tenho certeza que nada mudou nessas amizades! Bom, por um lado essa é a graça do intercambio, a gente descobre quem é de verdade, e às vezes quem as pessoas são de verdade, como já disse o poeta, “o tempo prova quem é quem”. Não, pera! Talvez esteja equivocado, talvez seja assim que funciona, e quando eu voltar, completamente mudado, tudo no Brasil vai ter mudado também, mas aquela mudança positiva, manja? Quando eu voltar vai ser tudo mil vezes melhor do que era antes de eu partir pro México, assim espero, porque tenho pensado, deve ser muito decepcionante você mudar, madurecer, ser praticamente outra pessoa, e tudo aí estar a mesma coisa. É como dizem, intercambio é como entrar numa maquina do tempo: você entra sem saber o que vai encontrar lá, e tem menos certeza ainda do que vai encontrar quando voltar, isso quando volta! Porque são muitos os que se apaixonam durante o intercambio, digo pelo pais, e querem viver lá para sempre, ou simplesmente voltam porque não gostaram do que encontraram em casa quando voltaram. Não vou dizer que isso não é uma opção, porque a lição #6969 do meu intercambio foi: a única certeza da vida é a morte, uma vez que muitas coisas que eu tinha certeza que nunca iam mudar, ou que nunca iam acontecer, caíram por terra.


P.S.: casa entre aspas porque agora tenho casa, um lugar onde vou ser sempre bem-vindo, por todo o mundo!